Makerspace e biblioterapia em hospitais: um estudo bibliométrico
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Resumo
No mundo contemporâneo, pressões de ordem informacional, social, econômica, entre outras, incidem sobre os indivíduos em sociedade, propiciando a proliferação de doenças mentais. Nesse cenário, estratégias de complemento às terapias psicológicas/psiquiátricas convencionais passaram a ser levadas em conta no trabalho com a saúde mental em hospitais. Dentre elas, duas contam com a participação do profissional de informação, ou seja, a biblioterapia, que proporciona uma auto-reflexão por meio de livros; e o espaço maker, no qual o sujeito pode criar objetos, expressando-se e exercitando a sua criatividade. Isto posto, esta pesquisa objetivou verificar o volume do corpus de artigos que tratam da interação entre ciência da informação, espaço maker e biblioterapia em hospitais que trabalham com saúde mental, destacando como as palavras-chave utilizadas ajudam a entender essa relação. Ademais, buscou-se verificar como se dá a prática da biblioterapia e do espaço maker em bibliotecas brasileiras. Como procedimentos metodológicos, usou-se a análise de co-ocorrência de palavras-chave, além do emprego de questionário online com bibliotecários de diversos estados brasileiros. Apurou-se que o corpus de trabalhos é ainda incipiente, com oito grupos de artigos, constando 105 palavras-chave. O estudo empírico demonstrou que ainda não está consolidada a prática do makerspace em bibliotecas. Contudo, essas instituições contribuem para a saúde mental dos seus usuários, por meio de seus acervos e do encaminhamento de indivíduos a profissionais especializados.
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