Uma visão crítica sobre periódicos predatórios e fraudulentos: é preciso distinguir os tubarões dos peixes pequenos
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Resumen
O presente ensaio discute a questão das políticas editoriais científicas e distingue três tipos de periódicos: as grandes ou gigantes editoras comerciais que representam tubarões ou predadores da ciência e de seus operadores e financiadores, os predatórios fraudulentos que praticamente publicam qualquer coisa sem a devida revisão, mediante taxa de publicação e os periódicos fora do eixo eurocêntrico ocidental ou dos Estados Unidos/Canadá que muitas vezes são gratuitos ou cobram taxas bem menores aos autores e oferecem, geralmente, acesso aberto dos artigos. Neste sentido, demonstrou-se por meio da metodologia da curadoria científica de conteúdo que tanto os periódicos de grandes editoras quanto os predatórios ou fraudulentos são predadores. Deste modo, pesquisadores devem evitar periódicos predadores ou fraudulentos uma vez que a publicação nestes veículos constitui má conduta científica, mas é necessário que haja uma ruptura decolonial no sentido de valorizar revistas locais, nacionais ou regionais, especialmente do contexto latinoamericano, iberoamericano, da Europa Oriental, Ásia e em outros países que também se desenvolve ciência de qualidade e importância, pois o conhecimento gerado localmente interessa à sociedade e aos gestores para resolver nossos problemas e não apenas serem publicados em inglês, com acesso restrito, o que dificulta sua apreensão pelos públicos alvo prioritários para enfrentar os desafios e realizar as transformações educacionais, políticas, econômicas, culturais e tecnológicas que a América Latina e o mundo em desenvolvimento exigem.
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